Toda ideia que escuta e lê aparece logo rabiscado como sombra de seu sentimento...
28 de ago. de 2010
Despedida
Por causa de novos trabalhos e por falta de tempo eu me despeço deste blog que serviu de grande apoio aos meus pensamentos.
18 de jul. de 2010
Primeiro desenho
Meu primeiro desenho no Tablet.
Ainda não me acostumei! rsrs
Mas vamos tentando, quem sabe eu aprendo a desenhar primeiro! kkkkk
12 de jul. de 2010
Felicidade não se compra
Eu adoro os filmes antigos. São deles que os filmes de hoje tiram suas ideias. Umas até descaradamente. Mas não vim falar de cópias. Vim falar de "Felicidade não se compra" (It's a Wonderful Life, 1946), filme de Frank Capra.
O que mais me emocionou neste filme foi a semelhança que vejo no ator principal, James Stewart (George Bailey), com meu pai. No filme James é um homem que quer chonhecer o mundo e não seguir a carreira de banqueiro como seu pai. Mas seu destino foi outro. Sempre estampando um sorriso no rosto uma hora se vê no seu limite, até vir uma ajuda do céu. Ele queria conhecer o mundo, mas acabou levando o mundo para a pequena cidade onde morava.
O que mais me emocionou neste filme foi a semelhança que vejo no ator principal, James Stewart (George Bailey), com meu pai. No filme James é um homem que quer chonhecer o mundo e não seguir a carreira de banqueiro como seu pai. Mas seu destino foi outro. Sempre estampando um sorriso no rosto uma hora se vê no seu limite, até vir uma ajuda do céu. Ele queria conhecer o mundo, mas acabou levando o mundo para a pequena cidade onde morava.
Pequeno trecho...
1 de jul. de 2010
29 de jun. de 2010
O que me prende o que me paralisa?
As músicas de Lenine sempre encaixam na minha vida.
Não só elas porque tem muita música que faz minha trilha.
Mas "Dois olhos negros" hoje não saiu da minha cabeça. Tentei decifrar porque.
E vi que os dois olhos negros são os meus.
Não só elas porque tem muita música que faz minha trilha.
Mas "Dois olhos negros" hoje não saiu da minha cabeça. Tentei decifrar porque.
E vi que os dois olhos negros são os meus.
19 de jun. de 2010
O Cello de Tina Guo
O som do violoncelo é muito delicado. Mas não precisa vir sempre acompanhado da música clássica.
Tina Guo é um vioncelista que começou ao sete anos tocar o instrumento de cordas por influência dos pais. Só que depois de um certo tempo descobriu o metal progressivo. De cabelos esvoaçante e batidas de cabeça ela arrasa na música "Queen Bee". Bem comportada e com roupas claras ela vai de Shostakovich Concerto No. 1. Vamos combinar que ela também é muito bonita e o tipão ajuda, mas não é só isso. Ela toca bem pra C%¨$#@. Uma curiosidade: Tina Guo fez a trilha de Sherlock Holmes e de um episódio da série CSI:NY.
O resultado dessa mistura você vê aí em baixo ao som de um cello elétrico e depois com o tradicional violoncello:
18 de jun. de 2010
14 de mai. de 2010
9 de mai. de 2010
Colleen
Eu nunca tinha ouvido falar em Colleen até a sua música chegar por um acaso aos meus ouvidos. Muito diferente dos instrumentais que conheço, resolvi procurar quem era. E achei. Colleen é um nome artístico da francesa Cécile Schott, que por meio da música, especificamente do violino, violoncelo e clarinete faz viagens minimalistas.
Foto : Aude Sirvain
A francesa mantém ainda um projeto chamado A Musique, onde procura mesclar música acústica e tecnologia.No You Tube, você também pode ver a sua música misturada com outras formas de arte.
“Depuração e minimalismo, em abordagens neoclássicas à música medieval, provocam uma contemporaneidade de leituras e novas percepções estéticas, através de um constante diálogo entre passado, presente e futuro.” Afirma site português.
É indiscutível que sua música é preciosa.
Capa do CD "Les ondes silencieuses" (2007)
Veja uma entrevista com ela aqui
12 de mar. de 2010
2 de mar. de 2010
O SILÊNCIO DE MELINDA (SPEAK)
O cenário é o mesmo dos filmes adolescentes americanos. Uma escola dividida por tribos, onde a tímida ou a "diferente" é excluída. Tem o galã e a malvada.
Mas não se engane. Há algo diferente no filme O silêncio de Melinda (Speak) - 2004.
Eu vi na TV por acaso. E provavelmente o canal que transmitiu fez isso porque é protagonizado pela atriz de Crepúsculo, Kristen Stewart.
No filme Melida é estuprada e chama a polícia, que acaba com a festa. Mas ela não consegue contar para ninguém o que aconteceu e é acusada pelos amigos de delatora.
Melinda encontra em um porão abandonado na escola e nas aula de artes um refúgio. Mas o silêncio é seu principal obstáculo. Sem dormir e com notas baixas os pais a avisam que precisa melhorar. O professor lhe dá uma chance de apresentar um trabalho oralmente. Mas não o consegue.
É acusada por não falar. Por estar muda e não reagir.
Um amigo então diz: "Não dá para lutar pelos seus direitos sem falar". Uma série de acontecimentos então faz com que Melinda fale e até grite.
O que me chamou a atenção em "O Silêncio de Melinda" foi o diálogo, ou melhor, a ausência dele. As frases pensada pela personagem é bem elaborada. Ângulos as vezes inesperados também dão um toque especial ao filme. De certa forma me identifiquei. Claro que nunca sofri nenhum abuso sexual. Mas quantas vezes deixamos de falar por medo?! Quantas vezes deixamos de questionar em sala de aula, de questionar padrões, ações...
Isso se encaixa em várias situações da nossa vida: trabalho, amigos, escola...
Se vemos uma mulher apanhando na rua o que fazemos? Chamamos a polícia?! Acreditem, na maioria das vezes NÃO. Muitas pessoas preferem se distanciar, fingir que não viu, CALAR.
Bom, se você é assim assista "O Silêncio de Melinda". Se não, também. Não vou contar a trama inteira, mas não poderia ficar sem FALAR deste filme. =)
Veja o trailer (em inglês) - a versão legendada diz muito do filme, se você não liga pra isso veja no You Tube. Lá você também encontra o filme completo! rs
23 de fev. de 2010
O gato quer ser só gato...
Essas belezucas estão aqui em casa agora. Fazendo companhia para meu companheiro: o Nero.
Pablo Neruda
tradução: Eliane Zagury
Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa
só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite .
Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.
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